Um novo estudo sugere que as temperaturas globais podem ser menos sensitivas à concentração atmosférica de dióxido de carbono (CO2) do que pensamos.
Os pesquisadores dizem que as pessoas ainda devem esperar “mudanças drásticas” no clima mundial, mas que o risco é um pouco menos iminente.
Modelos climáticos antigos usaram medições meteorológicas dos últimos 150 anos para estimar o efeito do aumento do CO2.
Desses modelos, os cientistas têm dificuldades em estreitar suas projeções, e ao invés de conseguir um dado único, projetam um campo de temperaturas esperadas, baseado nos níveis de CO2 dos tempos pré-industriais.
A nova análise, que incorpora dados paleolíticos, tenta projetar as temperaturas futuras com um pouco mais de certeza.
O líder do estudo, Andreas Schmittner, da Universidade Estadual de Oregon, explica que ao analisar as temperaturas da era glacial mais recente – 21 mil anos atrás, quando os humanos não provocavam impacto nas temperaturas globais -, o grupo descobriu que esse período não era tão gelado quanto se estimava.
“Isso implica que o efeito do CO2 no clima é menor do que pensávamos”, explica.
Ao incorporar essa nova descoberta, eles foram capazes de reduzir a incerteza das projeções climáticas futuras.
Os novos modelos predizem que, em comparação com os níveis de dióxido de carbono pré-industriais, a temperatura da superfície terrestre vai subir entre 1,7° C a 2,6° C.
Isso é muito menor do que o sugerido pelo Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas em 2007, que seria de 2° C a 4,5° C.
Os autores não afirmam que a influência humana nas mudanças climáticas deveria ser tratada com menos seriedade. Mas sim que para acontecer uma catástrofe gigantes no planeta, nós teríamos que aumentar o CO2 muito mais do que o previsto no futuro próximo.
“Mas nós não queremos que isso aconteça nunca, certo?”, comenta o membro do grupo, Antoni Rosell-Mele. “Pelo menos, já que ninguém está fazendo muito para diminuir as emissões de CO2, temos um pouco mais de tempo”.[BBC]
Fonte: http://hypescience.com/efeito-do-co2-no-clima-e-%e2%80%9csuperestimado%e2%80%9d/
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