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sábado, 17 de março de 2012

Órbitas gêmeas

Uma equipe de astrônomos amadores espanhóis descobriu um asteroide incomum, batizado de "2012 DA14", no último dia 22 de Fevereiro.

Por ser muito pequeno e ter uma órbita incomum, ele só foi visto depois de ter passado pela Terra, a uma distância de cerca de sete vezes a distância da Lua.

No entanto, as previsões indicam que ele vai voltar no ano que vem.
E, nesta sua próxima passagem, prevista para 15 de Fevereiro de 2013, ele passará a apenas 24.000 km da Terra - mais perto do que a maioria dos satélites artificiais de comunicação.

"Um cálculo preliminar da sua órbita mostra que o 2012 DA14 tem uma órbita muito parecida com a da Terra, com um período de 366,24 dias, apenas mais um dia que o nosso ano terrestre, e ele 'salta' para dentro e para fora do caminho da Terra duas vezes por ano," explica Jaime Nomen, um dos descobridores do asteroide.   

Distância segura, mas monitorada

Apesar da grande aproximação na próxima passagem, a agência espacial europeia (ESA) afirma ser uma distância segura, mas que requer um acompanhamento.

"Esta é uma distância segura, mas perto o suficiente para deixar o asteroide visível com binóculos comuns," afirmou Detlef Koschny, responsável por monitorar os chamados "objetos próximos da Terra".

"Nós vamos também estar atentos para ver a órbita resultante do asteroide depois da próxima passagem, a fim de calcular futuros riscos de impacto," completou Koschny.

Olhou, achou

O asteroide foi descoberto pelo observatório de rastreio La Sagra, no sudeste da Espanha, perto de Granada, a uma altitude de 1.700 m, um dos pontos com menos poluição luminosa no continente europeu.

O observatório descobre centenas de asteroides e cometas todos os anos.

A equipe usou vários telescópios automatizados para rastrear o céu, e a descoberta ocorreu meio por acaso, depois que os astrônomos amadores decidiram pesquisar áreas do céu onde os asteroides não são geralmente vistos - ou não suficientemente procurados.

Embora um impacto com a Terra tenha sido descartado na próxima passagem do asteroide pela Terra, os astrônomos afirmam que irão usar essa super aproximação para fazer mais estudos e calcular os efeitos gravitacionais da Terra e da Lua sobre ele.

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