A presença da Al-Qaeda na Líbia cresce a cada dia, disse esta quarta-feira o ex-comandante de uma equipe de segurança especial em Trípoli aos legisladores americanos, durante audiência sobre o ataque de militantes ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi.
A presença da Al-Qaeda "cresce a cada dia. Eles estão certamente mais estabelecidos do que nós", disse o tenente-coronel Andrew Wood, que chefiou uma equipe de segurança de 16 integrantes em Trípoli.
Wood participava de uma audiência do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara de Representantes dos Estados Unidos sobre o ataque de 11 de setembro contra o consulado de Benghazi, que se celebra em meio a acusações sobre possíveis falhas de segurança cometidas pelo governo.
O governo disse agora acreditar que o ataque, no qual morreram quatro pessoas, tenha sido praticado por grupos vinculados à Al-Qaeda. Inicialmente, os funcionários americanos tinham dito que o ataque havia sido provocado por um protesto contra um filme anti-islâmico.
No começo do ano, o presidente Barack Obama havia dito aos cidadãos americanos que o objetivo de derrotar da rede Al-Qaqda estava ao alcance, mais de uma década depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.
Em discurso presidencial durante visita surpresa ao Afeganistão, Obama assegurou: "o objetivo que me propus de derrotar a Al-Qaeda e negar-lhe a possibilidade de se reconstruir agora está ao nosso alcance".
No entanto, tem sido registrada uma preocupação crescente sobre a possibilidade de que a Al-Qaeda esteja capitalizando o caos e a convulsão nos países árabes e do Oriente Médio, causados pela Primavera Árabe, ao tentar mover-se para áreas conturbadas. Neste sentido, um funcionário americano disse que estão investigando se o braço da Al-Qaeda do Norte da África pode ter estado por trás do ataque em Benghazi.
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