A urbanização, a poluição, o uso excessivo da água e a forte produção agrícola levaram ao desaparecimento de metade dos pântanos mundiais no século 20, segundo relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) divulgado nesta terça-feira (16).
O documento do Programa da ONU para o Meio Ambiente, o Pnuma, destaca ainda que 20% dos mangues da Terra deixaram de existir desde 1980.
O texto da agência cita o Pantanal brasileiro como um dos mais importantes do mundo, ao lado do Lago Chade, na África, e do Delta do Danúbio, no leste europeu . O diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, afirmou que muitas vezes, medidas políticas "não levam em consideração o que os pântanos fornecem", contribuindo para a sua rápida degradação.
Para ele, é preciso colocar urgente esses ecossistemas no centro do manejo da água, para que sejam alcançadas as necessidades econômicas, ambientais e sociais da população mundial - o chefe do Pnuma lembrou que até 2050, o planeta terá 9 bilhões de habitantes.
O documento pede regulamentações que protejam os pântanos e ressaltem sua importância, além de garantir que os pântanos tornem-se soluções para o manejo da água e da terra no mundo. O relatório do Pnuma pede, ainda, maior participação das comunidades, incluindo os povos indígenas, para garantir que os conhecimentos tradicionais estejam integrados na gestão dos pântanos.
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