A água do mar invadiu e alagou na segunda o Marco Zero do World Trade Center, em construção em Nova York
Foto: AP
Milhões de moradores da costa leste dos Estados Unidos acordaram nesta terça-feira sem energia elétrica e sem acesso a meios de transportes. Grandes áreas de Nova York, maior cidade do país, seguem às escuras e vazias pelo segundo dia consecutivo. Pelo menos 17 mortes foram registradas em sete Estados diferentes, segundo informações da agência de notícias AP.
Segundo a agência AP, 17 pessoas morreram nos Estados de Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia, Connecticut, Maryland, Carolina do Norte e Virgínia. Três das vítimas seriam crianças. Pelo menos uma pessoa morreu no Canadá. De acordo com a rede de notícias NBC, mais duas pessoas foram encontradas mortas debaixo de uma árvore no Brooklyn, em Nova York, o que elevaria para 19 o total de mortes, mas este número ainda não é confirmado. Em sua passagem pelo Caribe, o fenômeno deixou 69 mortos.
Nova York foi uma das cidades mais atingidas pela passagem da chamada "supertempestade". O coração financeiro da cidade, localizado no sul da ilha de Manhattan, foi tomado pela água. Em construção, a área do novo World Trade Center foi inundada. De acordo com o presidente da Autoridade de Transportes Metropolitanos (MTA, na sigla em inglês), Joseph Lhota, a tempestade provocou os piores danos ao sistema de metrô da cidade desde a sua inauguração, há 108 anos.
"Essa vai entrar para os recordes", disse John Miksad, vice-presidente de operações da empresa Consolidate Edison, que fornece energia à cidade e teve mais de 670 mil clientes sem energia em Nova York e em áreas próximas. O presidente americano Barack Obama declarou Nova York e Long Island como áreas atingidas por um "grande desastre", o que facilita a liberação de recursos federais para os moradores.
Nesta terça-feira, a Bolsa de Valores de Nova York permaneceu fechada pela segundo dia consecutivo, a primeira vez que isso acontece desde que uma nevasca paralisou suas operações por dois dias em 1888. Os três principais aeroportos da cidade também permaneceram fechados. Ao todo, cerca de 14 mil voos foram cancelados nos dois dias, a maioria deles devido à tempestade, segundo o serviço de rastreamento de voos FlightAware.
Uma sem precedentes maré de 3,9 m de água do mar - 90 cm acima do recorde anterior - avançou sobre o sul de Manhattan, inundando túneis, estações de metrô e o sistema de energia que abastece Wall Street. Um hospital universitário com 200 pacientes foi evacuado por falta de energia. Arranha-céus balançaram com os fortes ventos, que causaram alarme ao destruírem parcialmente um guindaste que trabalhava na altura do 74º andar de um prédio.
Em Nova Jersey, onde Sandy tocou o solo como furacão, centenas de pessoas eram evacuadas devido à elevação do nível da água na manhã desta terça-feira. Autoridades usaram botes para tentar resgatar 800 pessoas que ficaram ilhadas no parque de trailers de Moonachie, mas não há informações sobre mortos ou feridos. Chegou-se a ser anunciado que um dique rompeu, mas o governador do Estado, Chris Christie, afirmou que uma margem transbordou.
A massiva tempestade chegou até o meio-oeste do país. Autoridades de Chicago alertaram os moradores para ficarem distantes da costa do Lago Michigan e a cidade se prepara para receber ventos de 96 km/h e ondas de mais de 7 m até quarta-feira.
Ao avançar sobre o nordeste do país, o fenômeno convergiu com um sistema de tempo frio e se transformou em um híbrido de chuva com ventos fortes, chegando até a levar neve para a Virgínia do Oeste e para regiões montanhosas. De acordo com o Centro Nacional de Furacões, às 5h (7h de Brasília) Sandy se movia no sentido oeste com seu centro localizado a 145 km da Filadélfia, no Estado da Pensilvânia.
Apesar de ter se enfraquecido e perdido o status de furacão, as autoridades alertam que o fenômeno vai continuar trazendo fortes chuvas e inundações. A distinção no termo usado para se referir à tempestade seria apenas técnica, e ela ainda estaria provocando ventos com intensidade registrada em furacões.
As informações são da agência AP
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6265662-EI8141,00-Sandy+deixa+rastro+de+destruicao+mortes+e+escuridao+nos+EUA.html
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