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Pesquisadores do Instituto de Investigações Espaciais (IIE) da Academia de Ciências da Rússia propuseram fazer deslocar da trajetória este asteroide com a ajuda de um outro asteroide. Em geral, os asteroides perigosos para o nosso planeta podem ser deslocados de sua órbita como no bilhar comum: o taco é um aparelho espacial, a bola branca é um pequeno asteroide e a bola colorida é um corpo espacial perigoso para a Terra. A ideia surgiu em resultado da análise da chamada manobra de gravitação, utilizada para alterar a velocidade de aparelhos espaciais, diz o colaborador científico do IIE, Natan Eismont:
“Se houver um aparelho espacial e a vontade de alterar a sua velocidade sem perdas de combustível, então, voando ao lado de um planeta, a Terra ou a Lua, é possível fazê-lo, dirigindo o aparelho para onde quiser. Substituindo este aparelho por um asteroide, podemos enviar este corpo de uma tonelada e meia para onde for necessário”.
Inicialmente, cientistas russos estudavam o problema do asteroide Apophis. Em 2004, quando foi descoberto este asteroide, as observações iniciais indicavam uma probabilidade pequena de que ele iria atingir a Terra em 2036. Agora, especialistas excluem esta probabilidade. Foi revelado, contudo, que é possível esperar desgraças de um outro congénere do Apophis – o asteroide 1999 RQ36. Cientistas do IIE começaram a procurar para ele uma “bola branca” conveniente e concluíram que o Apophis poderá desempenhar melhor este papel. Como se diz, “ajudará aquele que impede”. Um aparelho espacial poderia ser lançado da Terra para Apophis, ao qual seria comunicado um impulso com a ajuda da manobra de gravitação. Passando ao lado da Terra, o corpo espacial iria alterar sua órbita, atingindo finalmente o asteroide 1999 RQ36. Entretanto, para fazer desloca-lo da trajetória perigosa, é possível, na opinião de Natan Eismont, utilizar uma parte de um outro asteroide, como propõem alguns cientistas estrangeiros.
Na Rússia está sendo desenvolvida uma ideia de formar um “destacamento espacial de asteroides”. Propõe-se distribuir pequenos asteroides atacantes de modo que seja possível escolher o mais adequado e dirigi-lo exatamente contra o “inimigo” celeste. Este método, embora seja fora do comum, é real nas condições tecnológicas de hoje e não exige, nas palavras de especialistas, quaisquer avanços técnicos e científicos.
O asteroide 1999 RQ36 próximo da Terra entra no grupo Apolo e terá o diâmetro de 510 metros. Sua queda na Terra equivale a uma explosão de 2700 megatoneladas de TNT.
Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_20/Bilhar-espacial-proposto-por-cientistas-russos/
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