O Irã está tentando acelerar o programa de
enriquecimento de urânio do país, mostrou um relatório da ONU, mas
especialistas disseram que não está claro quando as novas máquinas
iranianas poderiam começar a operar de forma eficiente e como
funcionarão.
O progresso da República Islâmica na introdução de
centrífugas de próxima geração é acompanhado de perto por potências
ocidentais e Israel, pois permitiria que Teerã acelerasse o acúmulo de
material que poderia ser usado para construir bombas atômicas. O Irã diz
que seu objetivo é utilizar o processo apenas para fins pacíficos.
O Irã tem tentado por anos para desenvolver centrífugas
mais avançadas do que as problemáticas máquinas IR-1, dos anos 1970, mas
a implantação de novos modelos tem sido marcada por dificuldades
técnicas e dificuldade na obtenção de peças no exterior.
O país agora está avançando na instalação de uma versão
mais eficiente conhecida como o IR-2m em sua principal usina de
enriquecimento, perto da cidade central de Natanz, segundo o relatório
da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O Irã também colocou em prática outro tipo de
centrífuga, a IR-5, pela primeira vez em um centro de pesquisa e
desenvolvimento em Natanz, juntando-se a outros cinco que estão sendo
testados lá, acrescentou o relatório emitido aos Estados membros na
noite de quarta-feira.
Críticos dizem que o Irã está tentando alcançar a
capacidade de fabricar armas atômicas. O Irã nega, dizendo que precisa
de energia nuclear para geração de energia e fins médicos.
União Europeia expressa preocupação
A expansão de atividades nucleares sensíveis no Irã viola resoluções da ONU e agrava as dúvidas sobre o caráter pacífico do programa atômico iraniano, disse a União Europeia após a divulgação do relatório. Segundo o entendimento do bloco, o parecer aponta que as açõs do Irã no campo nuclear violam resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da direção da própria AIEA.
O texto "agrava ainda mais as preocupações existentes sobre a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano", disse um porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, que representa seis potências mundiais em negociações com a República Islâmica.
Fonte: http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/especial-ira/
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