Um estudo científico publicado recentemente na revista
especializada nature climate change revelou um aquecimento significativo
e rápido em regiões da Antártida observado nas últimas três décadas. As
evidências do aumento da temperatura no Polo Sul vêm sendo observadas
com preocupação pelos pesquisadores.
Imagem de ilustração Antártida. Crédito: NASA.
O
estudo mostra que o Polo Sul vivenciou um aumento de 0,6°C por década
no período entre 1988 e 2018, três vezes mais que a média global de
0,2°C. Pode-se afirmar que a Antártida ficou em média 1,8°C mais quente
nos últimos 30 anos.
Os pesquisadores utilizaram experimentos com
modelos climáticos para mostrar que esta clara tendência de aquecimento
recente está dentro de uma variabilidade natural, causada por aumento
da temperatura da superfície do mar no Pacífico tropical ocidental
juntamente com fluxos de ar quente e úmido, que avançaram do Atlântico
Sul para o interior da Antártida.
Por outro lado, é
importante ressaltar o que os pesquisadores ainda não concluíram.
Segundo o estudo, ainda é difícil separar as alterações provocadas pela
interferência humana global em meio à variabilidade natural da região.
Os registros de temperaturas na Antártida começaram em 1957, portanto
têm apenas 63 anos.
Os pesquisadores explicam que essas
variabilidades atmosféricas, embora pareçam pequenas, poderão induzir
mudanças climáticas extremas no interior do continente antártico se nada
for feito.
Quais serão as consequências?
Ainda não está claro se essa será uma tendência, entretanto, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a Península Antártida é um dos locais da Terra com aquecimento mais rápido.
Ainda não está claro se essa será uma tendência, entretanto, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a Península Antártida é um dos locais da Terra com aquecimento mais rápido.
Em fevereiro deste ano, foi registrada a temperatura absoluta mais alta da história da Antártida: 20,7°C
observada na Ilha Seymour. O recorde superou os 18,3°C do mesmo mês de
2020, observado na base de pesquisa argentina de Esperanza, os 17,5°C
registrados em 2015 e ainda os 19,8°C, que até então era a maior
temperatura já registrada na Antártida, no ano de 1982.
O
derretimento no Polo Sul é acompanhado com atenção e preocupação pelos
cientistas, pois poderá acarretar futuramente consequências drásticas
para o planeta e a humanidade.
http://www.painelglobal.com.br/noticias.php?t=Polo_Sul_tem_recorde_de_aquecimento_nos_ultimos_30_anos&id=20200702-110926
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