Uma doença desconhecida vitimou mortalmente dezenas de pessoas em Fangak, no estado de Jonglei, uma região do Sudão do Sul atingida recentemente por graves inundações.
A doença, que os cientistas locais não conseguem identificar, levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a enviar para o país uma equipa de resposta rápida para investigar.
Segundo o IFL Science, a cólera já foi posta de lado.
“Decidimos enviar uma equipa de resposta rápida para fazer uma avaliação de risco e investigação. Nessa altura, poderão recolher amostras de pessoas doentes, mas o número provisório de mortes que recebemos foi de 89”, disse a Sheila Baya, responsável da OMS, à BBC.
A Organização das Nações Unidas (ONU) descreveu as recentes inundações no Sudão do Sul como as piores em décadas, tendo afetado mais de 780 mil pessoas.
O Sudão do Sul atravessa uma grave crise humanitária, nomeadamente com falta de alimentos, devido às inundações. Várias agências humanitárias já alertaram para o facto de a situação poder desencadear um surto de doenças, incluindo malária e doenças diarreicas.
“Mulheres, crianças e idosos chegaram exaustos e famintos”, disse Arafat Jamal, representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) no Sudão do Sul, em outubro.
“Alguns não comiam há dias. Outros estão abandonados em ilhas, abrigados debaixo de árvores e incapazes de atravessar em segurança. As mulheres estão profundamente preocupadas com a saúde dos seus filhos, com o aumento do risco de infeções causadas por doenças mortais transmitidas pela água”, acrescentou, na altura.
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