“Nem toda a gente é cristã e nem toda a gente celebra as férias cristãs”, destaca o documento que foi divulgado por vários órgãos de comunicação europeus.
A Comissária sugeria o uso de palavras alternativas a “Natal”, como “período de festas” ou “período de férias”.
Além disso, o guia distribuído aos funcionários da Comissão Europeia (CE) recomendava a substituição de nomes cristãos, como Maria e José, por nomes mais “internacionais”, como Malika e Júlio, quando usados a título de exemplo em documentos oficiais.
No guia que foi lançado em Outubro, apesar de a polémica só ter estalado agora, sugere-se ainda trocar o habitual “senhoras e senhores” por “caros colegas”, ou expressões como “o envio de homens para Marte” por “colonizar Marte” e de “tecidos feitos pelo homem” por “tecidos sintéticos”.
Mas também indica que se devem evitar termos como “cidadão”, porque exclui os migrantes, e “homossexual”, porque é considerado um termo médico.
Após as críticas que surgiram, o documento foi retirado de circulação, até depois de o próprio Vaticano se ter insurgido e acusado a CE de tentar abolir as “raízes” cristãs da Europa.
Entretanto, a Comissária veio a público admitir que o guião com as normas de comunicação inclusiva precisa de ser trabalhado. “Estamos a olhar para as preocupações na perspectiva de as abordar numa versão actualizada”, apontou ainda Helena Dalli.
Helena Dalli é originária de Malta, onde foi ministra dos Assuntos Europeus e dos Assuntos Sociais.
Em 1979, tornou-se conhecida no país como Miss Malta, mas fez carreira política como militante feminista e defensora dos direitos homossexuais e transgénero, tendo promovido a aprovação de várias leis neste âmbito.
https://zap.aeiou.pt/comissaria-europeia-natal-inclusao-448068
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