Quando imaginamos o fim da civilização, tendemos a pensar que tal coisa só pode acontecer com o fim do planeta. Ou seja: como poderia a civilização humana acabar completamente se não fosse por causa de uma catástrofe que acaba com tudo? Pois bem, esta teoria garante que o fim da civilização humana não só é possível de outra forma, mas que é inevitável e, além disso, sempre foi.
Esta é a teoria de Olduvai e ela tem uma coisa a lhe dizer: a civilização como você a conhece tem menos de 10 anos para existir; seus netos viverão em outra época feudal e, em cem anos, a humanidade será nômade novamente.
As criações e invenções da Revolução Industrial, seus métodos e novos processos, geraram formas de vida diferentes das que existiam até agora.
Mas o que vivemos hoje como realidade pode ser um estágio finito com prazo de validade próximo. Essa é a abordagem que o cientista Richard C. Duncan faz ao formular a hipótese da teoria de Olduvai.
O que é a teoria de Olduvai e quais são suas bases
Como temos dito, desde a explosão da Revolução Industrial, o mundo não parou de se mover aos trancos e barrancos. A ciência e a tecnologia invadem nossas vidas, participando de praticamente todas as atividades.
Mas essa realidade poderia ter um ponto de colapso? É justamente isso que propõe a hipótese em que se baseia a teoria de Olduvai.
A abordagem fundamental da teoria sustenta que a atual civilização industrial, sob cujos parâmetros vivemos, teria uma duração máxima de cem anos, contados a partir de 1930.
Essa hipótese defende que a partir do ano de 2030, a humanidade começaria a andar ao contrário. Em outras palavras, pouco a pouco todos retornaríamos a níveis de civilização comparáveis aos de etapas passadas.
A projeção da teoria de Olduvai se estende por um milênio inteiro, até o ano 3000 dC. Por esta altura, os que defendem esta teoria estimam que a civilização humana terá regressado às suas formas mais primitivas, apoiando a sobrevivência da espécie em atividades como a caça.
Princípios que sustentam esta teoria
A teoria de Olduvai sofreu muitas modificações ao longo dos anos. Desde sua formulação inicial até o presente, Duncan acrescentou elementos que dão força à sua abordagem.
O artigo apresentado pelo cientista em 1996 foi intitulado “The Olduvai Theory: Falling Into a Post-Industrial Stone Age” (“A Teoria Olduvai: Caindo Para Uma Idade da Pedra Pós-Industrial”, em tradução livre).
O eixo central da teoria baseia-se no fato de que, segundo Duncan, a partir de 2007, a produção mundial de energia per capita começou a diminuir de uma forma que, embora não alarmante no curto prazo, se manteve ao longo do tempo.
Isso ocorreria como consequência de uma diminuição global na extração de combustíveis fósseis, que por sua vez seria justificada pelo seu esgotamento natural.
Ao mesmo tempo, a teoria de Olduvai postula que o crescimento populacional continuaria a aumentar de forma constante, aumentando cada vez mais suas necessidades de energia. As principais consequências disso seriam ações como grandes apagões elétricos em todo o mundo.
E, no longo prazo, os efeitos do declínio na produção de combustível e eletricidade resultariam em um colapso econômico e social de proporções catastróficas. Duncan atualizou sua teoria em 2007, propondo a existência de alguns postulados fundamentais:
Produção mundial de energia per capita
Duncan propõe com sua teoria que a real capacidade de sobrevivência da Terra, uma vez que o petróleo se esgote, poderia incluir entre 500 mil e 2 bilhões de pessoas.
Isso implica que, se a produção de petróleo diminuir até desaparecer (tendo em conta que estamos falando de um recurso não renovável), pelo menos 4 bilhões de pessoas não poderiam ser reguladas pelo sistema, o que implicaria em enormes níveis de mortalidade.
Capacidade da carga terrestre
A teoria de Olduvai refere-se ao conceito de capacidade de suporte terrestre ou capacidade de suporte de uma espécie biológica em um ambiente, como referência ao tamanho máximo que uma população pode ter, vivendo a longo prazo em um ambiente marcado por determinadas condições alimentares, habitat, água e outros fatores necessários, dentre os quais a teoria destaca, a ausência de óleo.
Pico do Petróleo
Na Teoria de Olduvai, Duncan se refere à Teoria do Pico de Hubbert, também chamada de Pico do Petróleo, que postula o esgotamento completo do petróleo e outros combustíveis fósseis a longo prazo. Isso implicaria necessariamente um retorno ao uso do carvão como fonte de energia primária e menos potente.
Movimentos migratórios e estágios de uso de energia nos Estados Unidos
A teoria de Olduvai revela, entre os princípios que a determinam, os movimentos migratórios de grandes grupos populacionais, que ocorreram e continuarão a ocorrer à medida que essas mudanças se materializam.
Da mesma forma, levanta a influência de uma série de etapas no uso da energia nos Estados Unidos, o que estabelece um padrão para o uso dado ao petróleo em escala global.
Duncan expõe nas diferentes modificações que fez em sua teoria de Olduvai, a existência de etapas marcadas na produção de energia. Por exemplo, ele se refere a um período de crescimento ocorrido entre 1945 e 1970 nos Estados Unidos, em que se concretizou um aumento médio anual de 1,4% na produção de energia per capita.
Nesse sentido, ele faz uma projeção a partir de 1998, em que, segundo ele, aparece a fase de declínio ou decadência final, com queda média de 1,8% ao ano na produção de energia per capita.
O cientista fala da etapa 2008-2012 em diante, como o declínio final do mundo, que não voltaria atrás.
A teoria de Olduvai tem sido alvo de críticas de setores científicos, políticos e até ambientais, que apostam em energias alternativas em substituição ao petróleo. E você, o que acha dessa teoria peculiar? Você acha que este é o destino da raça humana?
https://www.ovnihoje.com/2022/03/25/teoria-de-olduvai-declinio-da-humanidade-iminente/
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