Só desde o início deste ano já morreram seis oligarcas russos. Na semana passada, em 48 horas, dois multimilionários de Moscovo foram encontrados mortos, assim como as suas famílias. Em causa estão alegados homicídios ou suicídios sem explicação.
Antes de ser eleito, em 2000, Vladimir Putin prometeu tomar medidas contra a oligarquia russa. O seu problema não era uma elite que enriquecia à custa da privatização de antigas empresas estatais, mas sim uma oposição poderosa, salienta o jornal Público.
Acredita-se que Putin terá perseguido, morto e prendido vários magnatas. Aqueles que cederam à pressão, acabaram por financiar o Presidente russo.
A primeira morte foi a de Alexander Tyulyakov, o diretor-geral do Centro Unificado da Gazprom para a Segurança Cooperativa, um dia logo após o início da invasão da Ucrânia. Tyulyakov foi encontrado morto na garagem da sua casa de campo.
No final de Fevereiro, Mikhail Watford foi encontrado morto em casa no Reino Unido. O The Guardian escreve que a polícia diz que a morte do empresário, nascido na Ucrânia, que fez fortuna com o petróleo e o gás é inexplicável, mas não suspeita. A família de Watford estava em casa, mas não ficou ferida.
No final de março, Vasily Melnikov também foi encontrado morto no seu apartamento de luxo em Nizhni Novgorod, juntamente com a sua esposa e dois filhos de 4 e 10 anos. O jornal russo Kommersant fala em três homicídios e um suicídio.
O antigo diretor da empresa médica MedStom terá esfaqueado até à morte a mulher de 41 anos e os filhos. Depois, suicidou-se.
Já em abril, Vladislav Avayev, a esposa e a filha, de 13 anos, foram encontrados mortos num apartamento em Moscovo. Nos mesmos moldes que Melnikov, Avaiev foi encontrado com uma arma na mão, que terá usado para matar a família e depois cometer suicídio. O oligarca era antigo vice-presidente do Gazprombank, um dos maiores bancos da Rússia.
Dois dias depois, Sergey Protosenya, a esposa e a filha, de 18 anos, foram encontrados mortos numa moradia em Espanha. As autoridades espanholas suspeitam que o ex-gestor da Novatek, gigante russa do gás natural, as tenha esfaqueado até à morte. Depois, Protosenya terá-se enforcado.
Leonid Shulman, diretor da Gazprom de 60 anos, também foi encontrado morto na casa de banho da sua residência, em São Petersburgo. No local foi encontrada uma carta escrita pelo próprio, o que levou as autoridades locais a acreditar em suicídio.
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