Um novo estudo revelou, pela primeira vez, microplásticos em tecido
pulmonar vivo. Os cientistas revelam que estas partículas podem ter
efeitos tóxicos sobre as células pulmonares humanas.
Nos últimos
dez anos, vários estudos encontraram poluição plástica em alguns
lugares inesperados, do Ártico até à Antártida, com a montanha mais alta do mundo pelo meio.
De acordo com o New Atlas,
recentemente alguns cientistas focaram-se na pesquisa de poluição
plástica no corpo humano — que também continua a surpreender e a alarmar
com o omnipresença de partículas de plástico.
Um novo estudo, publicado este mês na Science of the Total Environment, revelou pela primeira vez microplásticos em tecido pulmonar vivo, e os cientistas procuram agora explorar exatamente o que isso significa para a saúde respiratória.
A
poluição com sacos e garrafas de plástico é um problema ambiental, mas
parte da preocupação em torno dos perigos dos plásticos para a saúde
humana está ligada à sua tendência para se decomporem em pequenos
fragmentos.
Estes micro e nanoplásticos, que podem medir tão
pouco como 0,0001mm no caso destes últimos, são muito difíceis de
identificar. E os novos estudos começaram a mostrar que estão claramente
a entrar no corpo humano.
Um estudo de 2020, que examinou os
tecidos dos pulmões, fígado, baço e rins, encontrou plásticos em todas
as amostras estudadas.
Outro estudo, publicado em 2018, encontrou microplásticos em amostras de fezes
humanas recolhidas de todo o mundo. Mas este novo estudo detetou
partículas de plástico na corrente sanguínea pela primeira vez.
Os
cientistas da Universidade de Hull, que lideraram o estudo, procuraram
basear-se em trabalhos anteriores que identificaram microplásticos em
tecido pulmonar, através da recolha de tecido durante procedimentos
cirúrgicos em pacientes vivos.
A análise revelou plásticos em 11
das 13 amostras estudadas, e detetou 12 tipos diferentes, incluindo os
tipicamente utilizados em embalagens, garrafas e vestuário. As amostras
masculinas apresentavam níveis significativamente mais elevados de
microplásticos do que as amostras femininas.
Mas o que realmente
surpreendeu os cientistas foi o local onde estes plásticos estavam a
aparecer, com mais de metade encontrada na parte inferior do pulmão.
“Não
esperávamos encontrar o maior número de partículas nas regiões mais
baixas dos pulmões, ou partículas dos tamanhos que encontrámos”, diz
Laura Sadofsky, autora principal .
“Os microplásticos foram
antes encontrados em amostras de cadáveres humanos para autópsia. Este é
o primeiro estudo sólido a mostrar microplásticos em pulmões de pessoas
vivas“, acrescenta a investigadora. “As vias respiratórias são muito
estreitas, ninguém pensou que pudessem lá chegar, mas é evidente que
sim.
“Isto é surpreendente, uma vez que as vias respiratórias
são mais pequenas nas partes mais baixas dos pulmões e teríamos esperado
que partículas destes tamanhos fossem filtradas ou aprisionadas antes
de chegarmos às profundezas dos pulmões”, explica Sadofsky.
Os
cientistas consideram que partículas de plástico transportadas pelo ar
entre 1 nanómetro e 20 micrómetros são respiráveis, e este estudo
fornece ainda mais provas de que a inalação lhes oferece uma via direta
para o corpo humano.
Experiências de laboratório demonstraram
que os microplásticos podem alterar a forma das células pulmonares
humanas, e ter efeitos tóxicos sobre as células de forma geral.
A
caracterização dos tipos e níveis de microplásticos encontrados pode
agora criar condições para a realização de novos estudos em laboratório
com o objetivo de determinar o impacto na saúde da presença de
microplásticos no corpo humano.
https://zap.aeiou.pt/particulas-de-plastico-encontradas-nos-pulmoes-de-humanos-vivos-472300
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