Somos muito bons em destruir o nosso planeta, mas podemos fazer
melhor: podemos estragar tudo a um nível solar. Veja 12 maneiras
(altamente especulativas!) pelas quais poderíamos fazer alguns danos
sérios, embora não intencionais, a nossa vizinhança estelar:
12. Desastre com acelerador de partículas
Ao desencadear acidentalmente formas exóticas de matéria a partir de aceleradores de partículas, corremos o risco de aniquilar todo o sistema solar.
Mas não se preocupe – não é como se isso fosse provável. Apesar de hipóteses terem sido levantadas quando o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) foi construído, vários cientistas e o Grupo de Avaliação de Segurança do LHC concluíram que o acelerador não representa qualquer perigo.
Anders Sandberg, um pesquisador da Universidade de Oxford, concorda que um desastre envolvendo o acelerador de partículas é duvidoso, mas adverte que, se strangelets (“matéria estranha” – uma forma hipotética de matéria contendo muitos quarks estranhos pesados) fossem de alguma forma desencadeados por colisões, “seria ruim”.
Com a tecnologia atual, o LHC é incapaz de produzir matéria estranha. Porém, em algum experimento futuro, seja na Terra ou no espaço, talvez possamos produzir o material. Por exemplo, acredita-se que matéria estranha exista no interior das estrelas de nêutrons. Se tentarmos recriar as condições dos seus núcleos, tudo pode ir para o beleléu muito rápido.
Mas não se preocupe – não é como se isso fosse provável. Apesar de hipóteses terem sido levantadas quando o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) foi construído, vários cientistas e o Grupo de Avaliação de Segurança do LHC concluíram que o acelerador não representa qualquer perigo.
Anders Sandberg, um pesquisador da Universidade de Oxford, concorda que um desastre envolvendo o acelerador de partículas é duvidoso, mas adverte que, se strangelets (“matéria estranha” – uma forma hipotética de matéria contendo muitos quarks estranhos pesados) fossem de alguma forma desencadeados por colisões, “seria ruim”.
Com a tecnologia atual, o LHC é incapaz de produzir matéria estranha. Porém, em algum experimento futuro, seja na Terra ou no espaço, talvez possamos produzir o material. Por exemplo, acredita-se que matéria estranha exista no interior das estrelas de nêutrons. Se tentarmos recriar as condições dos seus núcleos, tudo pode ir para o beleléu muito rápido.
11. Projeto ruim de engenharia estelar
Nós também poderíamos destruir o sistema solar danificando severamente o
sol ou sua dinâmica durante um projeto de engenharia estelar.
Alguns futuristas especulam que os humanos vão embarcar em projetos
de engenharia estelar daqui milhares de anos, incluindo criação estelar.
David Criswell da Universidade de Houston (EUA) descreveu a criação
estelar como o esforço para controlar a evolução e as propriedades das
estrelas, incluindo tentativas de prolongar sua vida útil.
Para fazer com que uma estrela queime menos rapidamente e, portanto,
dure mais tempo, os futuros engenheiros estelares teriam que remover o
excesso de massa (grandes estrelas gastam combustível mais rápido). Mas o
potencial para uma catástrofe é significativo. Por exemplo, os esforços
para remover a massa do sol poderiam criar efeitos explosivos bizarros e
perigosos, ou resultar em uma diminuição de luminosidade fatal. Também
poderia ter um efeito pronunciado sobre as órbitas planetárias.
10. Tentativa falha de tornar Júpiter em uma estrela
Há uma hipótese louca de transformar Júpiter em uma espécie de estrela
artificial. Mas na tentativa de fazê-lo, poderíamos destruir o planeta e
acabar com a vida na Terra.
O astrofísico Martyn Fogg propôs “estrelificar” Júpiter como um
primeiro passo para a terraformação dos seus satélites. Para fazer isso,
os seres humanos futuros semeariam Júpiter com um minúsculo buraco
negro primordial. O buraco negro teria que estar perfeitamente dentro do
limite de Eddington para produzir “energia suficiente para criar
temperaturas eficazes sobre Europa e Ganimedes, semelhantes aos valores
na Terra e em Marte, respectivamente”.
É uma ótima ideia, se ignorarmos os seus riscos. Por exemplo, o
buraco negro poderia crescer fora de controle e, eventualmente, absorver
Júpiter em uma explosão de radiação que esterilizaria todo o sistema
solar.
9. Estragar a dinâmica orbital dos planetas
Se começarmos a mexer com a localização e massa dos planetas ou outros
corpos celestes, como sugere a engenharia estelar, corremos o risco de
perturbar o delicado equilíbrio orbital do sistema solar.
Na verdade, a dinâmica orbital do nosso sistema é surpreendentemente
frágil. Estima-se que mesmo a menor perturbação possa resultar em
movimentos orbitais caóticos e potencialmente perigosos. A razão para
isto é que os planetas estão sujeitos a ressonâncias, que é o que
acontece quando dois períodos orbitais assumem uma relação numérica
simples (por exemplo, Netuno e Plutão estão na proporção de 3:2 de
ressonância orbital, com Plutão completando duas órbitas para cada três
de Netuno).
O resultado é que dois corpos podem influenciar um ao outro, mesmo
quando estão muito distantes. Encontros íntimos regulares podem resultar
no objeto menor se desestabilizando e saindo de sua órbita original,
talvez até mesmo arruinando todos os objetos do sistema solar no
processo.
Tais ressonâncias caóticas poderiam acontecer naturalmente, ou poderiam ser instigadas.
8. Manobra imprudente de um motor de dobra
Uma nave espacial impulsionada por um motor de dobra seria fantástica, sem dúvida,
mas também seria extremamente perigosa. Qualquer objeto, como um
planeta, no ponto de destino dessa nave estaria sujeito a enormes
explosões de energia.
Também conhecido como motor de Alcubierre, um motor de dobra geraria
uma bolha de energia negativa em torno dele, expandindo o espaço e o
tempo atrás da nave e empurrando-a a velocidades não limitadas pela
velocidade da luz. Lamentavelmente, porém, esta bolha de energia tem o
potencial de fazer alguns danos sérios.
O espaço não é apenas um vazio entre o ponto A e o ponto B. Em vez
disso, é cheio de partículas que têm massa (bem como algumas que não
têm). Estas partículas podem ser “varridas” para dentro da bolha e
focadas em regiões na frente e atrás da nave. Quando o veículo
desacelerar, então, essas partículas serão liberadas em explosões
energéticas. A explosão pode ser suficiente para destruir qualquer coisa
diretamente na sua frente, mesmo que a viagem tenha sido curta.
7. Acidente em um buraco de minhoca artificial
Usar buracos de minhoca para contornar os limites de viagens espaciais
interestelares soa muito bem na teoria, mas na prática pode abrir um buraco no espaço-tempo.
Em 2005, o físico nuclear iraniano Mohammad Mansouryar delineou um
esquema para a criação de um buraco de minhoca. Ao produzir quantidades
suficientes de matéria exótica, ele teorizou que poderia fazer um furo
através do tecido cosmológico do espaço-tempo e instituir um atalho para
naves espaciais.
Porém, como Anders Sandberg apontou, há potenciais consequências
negativas desse ato. Primeiro, esses buracos de minhoca precisam de
massa-energia (possivelmente negativa) na escala de um buraco negro do
mesmo tamanho. Em segundo lugar, loops de tempo podem fazer com que
partículas virtuais se tornem reais e destruam o buraco de minhoca em
uma cascata de energia. Além disso, onde começa e termina esse buraco?
Se uma extremidade for próxima ao sol, isso poderia “matá-lo”, ou, o que
ainda é péssimo, esterilizar completamente o sistema solar.
6. Um erro catastrófico de navegação
Se optarmos por mudar o nosso sistema solar de vizinhança em um futuro distante, corremos o risco de destruí-lo completamente.
Em 1987, o russo Leonid Físico Shkadov propôs um conceito apelidado de
“Shkadov Thruster” que poderia literalmente mover todo o nosso sistema
solar e tudo o que está dentro dele para um sistema estelar vizinho.
Daqui muito tempo, isso permitiria que trocássemos um sol morrendo por
uma estrela mais nova.
A configuração Shkadov Thruster é simples (em teoria): um espelho em
forma de arco colossal, com o lado côncavo virado para o sol. Esse
espelho seria colocado a uma distância arbitrária onde a atração
gravitacional do sol fosse equilibrada pela pressão externa de sua
radiação. O espelho se tornaria assim um satélite estável e estático.
A radiação solar refletida pela superfície interna curva do espelho
voltaria em direção ao sol, efetivamente empurrando a nossa estrela
usando sua própria luz. Pronto, a humanidade está pronta para uma fuga
galáctica. E o que poderia dar errado, certo?
Claramente, muitas coisas. Poderíamos calcular mal e deixar o sistema
solar perdido pelo cosmos, ou mesmo poderíamos ser esmagados diretamente
contra outra estrela.
Se um dia de fato desenvolvermos a capacidade de nos mover entre as
estrelas, também precisamos descobrir como manipular ou influenciar a
infinidade de pequenos objetos localizados nos confins do nosso sistema
solar. Definitivamente vamos ter que ter cuidado para não desestabilizar
coisas como o cinturão de Kuiper ou a nuvem de Oort, ou vamos ter que
nos esquivar de zilhões de cometas.
5. Receber visitas de aliens do mal
Todos nós estamos morrendo de curiosidade para saber se aliens existem
ou não, mas considere isso: todos os nossos esforços para encontrá-los,
ou, pior, para atrai-los para a Terra, podem dar muuuuuito errado.
Afinal de contas, quem garante que eles serão bonzinhos? Mais
provavelmente, eles vão querer nos dominar. Veja aqui por quê.
4. O retorno de sondas mutantes
Digamos que a gente envie uma frota de sondas de von Neumann (máquinas
autorreplicadoras) para colonizar a galáxia. Supondo que elas possuam
qualquer mínimo erro de programação, ou que alguém crie deliberadamente
uma sonda que possa evoluir, essas máquinas podem sofrer mutações ao
longo do tempo e se transformar em algo o qual não queremos enfrentar.
Eventualmente, nossos dispositivos inteligentes poderiam voltar para
nos assombrar, rasgar o nosso sistema solar em pedaços ou sugar nossos
recursos, levando-nos à extinção.
3. Desastre interplanetário do tipo gosma cinzenta
Algo semelhante a sondas espaciais autorreplicantes, há também o
potencial para algo muito menor, mas igualmente perigoso: nanobots
autorreplicantes. Um “desastre do tipo gosma cinzenta”, onde um enxame
incontrolável de nanobots ou micro robôs consumem todos os recursos
planetários para criar mais cópias de si mesmo, não precisa ser
confinado ao planeta Terra. Tal enxame poderia pegar uma carona a bordo
de uma nave espacial ou até mesmo se originar no espaço como parte de
algum megaprojeto, e transformar todo o sistema solar em uma gosma sem
vida.
2. Superinteligência artificial querendo nos colonizar
Um dos perigos de criar superinteligência artificial é que ela tem o potencial para fazer muito mais do que apenas extinguir a vida na Terra;
ela poderia se espalhar por todo o sistema solar e além. Se forem mais
inteligentes do que nós, esses “seres” saberão que podem nos dominar e
se tornar os novos “reis do universo”. E sabe-se lá o que vão querer
fazer com ele.
1. Acabar com o sentido do sistema solar
No momento, somos os únicos seres vivos habitando todo o universo – pelo
que sabemos. Mas podemos ser extintos, provavelmente por nós mesmos,
que não cuidamos bem do nosso planeta e gostamos de travar guerras
nucleares. E o que vai acontecer se a espécie humana desaparecer?
Indiretamente, acabaremos com toda a graça do brilhante sistema solar,
que parece de alguma forma muito especial por ter permitido a vida como a
conhecemos no meio de tanto espaço vazio.
Fonte: http://hypescience.com/12-maneiras-como-a-humanidade-poderia-destruir-o-sistema-solar/
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