Uso excessivo para produzir alimentos será uma das causas da escassez.
Estudo da agência para agricultura da ONU foi lançado na Coreia do Sul.
Por isso, a FAO pede aos governos de todo o mundo que atuem "para assegurar que a produção agrícola, criadora de gado e pesqueira seja realizada de forma sustentável e contemple ao mesmo tempo a salvaguarda dos recursos hídricos".
Segundo o relatório, em 2050 será necessário 60% a mais de alimentos para alimentar o planeta, enquanto a agricultura seguirá sendo o maior consumidor de água em nível mundial.
Fonte: http://issoeciencia6.blogspot.pt/
Estudo da agência para agricultura da ONU foi lançado na Coreia do Sul.
Deck flutuante é visto na margem seca do Lago Hodges, próximo a
San Diego, na Califórnia, em março deste ano (Foto: Mike Blake/Reuters)
A escassez de água afetará dois terços da população mundial em 2050
devido ao uso excessivo de recursos hídricos para a produção de
alimentos, alertou nesta terça-feira (14) a Organização da ONU para a
Alimentação e a Agricultura (FAO).
Esta é uma das conclusões do relatório "Para um futuro com segurança
hídrica e alimentícia", elaborado pela FAO foi apresentado no segundo
dia do VII Fórum Mudial da Água (FMA), realizado em Daegu, na Coreia do
Sul.
Atualmente, 40% da população do planeta sofre com a escassez de água,
uma proporção que aumentará até dois terços de população para 2050, diz o
documento.
Este crescimento existiá pelo "sobreconsumo de água para a produção de
alimentos e a agricultura", segundo a FAO. A organização ressalta que
atualmente há várias zonas do planeta onde é utilizada mais água
subterrânea e não há tanta reposição de forma natural.
Em particular, o relatório aponta "grandes zonas da Ásia meridional e
oriental, Oriente Médio, África do Norte e América do Norte e Central",
acrescentando que em algumas regiões "a agricultura intensiva, o
desenvolvimento industrial e o crescimento urbano são responsáveis da
contaminação das fontes de água".
Governos precisam atuar com urgência
Por isso, a FAO pede aos governos de todo o mundo que atuem "para assegurar que a produção agrícola, criadora de gado e pesqueira seja realizada de forma sustentável e contemple ao mesmo tempo a salvaguarda dos recursos hídricos".
"A segurança alimentar e hídrica estão estreitamente unidas", disse
Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial de Água, ao apresentar o
relatório. Ele também defendeu uma agricultura centrada na
sustentabilidade mais do que na rentabilidade imediata.
"Achamos que desenvolvendo os enfoques locais e com os investimentos
adequados, os líderes mundiais podem assegurar que haverá suficiente
volume, qualidade e acesso à água para garantir a segurança alimentar em
2050 e além", afirmou Braga, que também é secretário estadual de
saneamento e recursos hídricos do estado de São Paulo.
Agricultura: maior consumidor de água
Segundo o relatório, em 2050 será necessário 60% a mais de alimentos para alimentar o planeta, enquanto a agricultura seguirá sendo o maior consumidor de água em nível mundial.
Inclusive com o aumento da urbanização, em 2050 grande parte da
população mundial seguirá ganhando a vida com a agricultura, enquanto o
setor verá como o volume de água disponível se reduzirá devido à
concorrência das cidades e à indústria.
Neste cenário, os agricultores e sobretudo os pequenos camponeses terão
que encontrar novas vias "através da tecnologia e das práticas de
gestão" para aumentar sua produção com uma disponibilidade limitada de
terra e de água, acrescenta o documento.
O FMA, um evento trienal que está na sétima edição, é organizado pelo
Conselho Mundial de Água, uma plataforma internacional fundada em 1996
para dar resposta aos problemas vinculados a este recurso em nível
mundial.
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